Quem somos nós?
Quatro artistas interferindo em um mesmo suporte criam juntas uma poética coletiva. O grupo percebeu que há questões que vão além do ato de pintar juntas, pois o criar coletivamente é o resultado de conversas, encontros, vivências, onde o questionamento das individualidades, dos gestos, dos gostos, possibilitam a descoberta que Superfície é o acolhimento de todas as ações.
A construção de um trabalho é sinalizada pela primeira ação que pode ser uma mancha, um desenho, uma pincelada, um carimbo, um escorrer ou uma linha. A ação inicial rege as próximas que vão interagindo entre si, proporcionando uma liberdade que é dada pela integração dos gestos, gestos que são guiados pelo olhar atento de cada integrante que vê no espaço compartilhado a oportunidade de integrar o que é seu, com o que é da outra e com o que é do grupo, já não é mais a ação individual ela entrega-se ao espaço, numa ação de desprendimento e partilha.
domingo, 23 de setembro de 2012
Produções em Pequenos Formatos.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Comentário da exposição "Superfície do sensível" no blog Pelotas Cultural pelo psicólogo Francisco Vidal.

As gurias têm uma proposta original, ousada e esforçada, que começou como uma somatória de estilos abstratos, em que cada linguagem pessoal podia ser identificada na obra coletiva. O grupo tem-se aperfeiçoado na sintonia e hoje consegue uma criação propriamente coletiva, onde os indivíduos estão ao serviço do grupo, de modo holístico.
Próximas a um sentido de composição musical, as artistas seguem carreira de solistas sem deixar de criar no modo da improvisação. A produção é intensa e prolífica, com amostras já realizadas em Pelotas, Porto Alegre, Bagé e Bento Gonçalves, em somente dois anos de incessante trabalho. Apesar de ser inicialmente nove, o atual sexteto tem ganhado em afinação e feeling."
Francisco Antonio Vidal